sexta-feira, abril 29

Flexibilizar

Estava eu a navegar pela internet, quando me deparei com este movimento de flexibilização do horário de trabalho.
Tendo escolhido viver no interior de Portugal, tornou-se quase impossível conseguir encontrar um emprego na minha área e, por isso, criei a minha própria empresa.
Ao início, tudo corria bem e eu tinha escritório fora de casa e vários projectos. Quando a crise começou (dizem que a crise surgiu agora, mas acho que já dura há muito tempo), os projectos escassearam e grávida do segundo filho, uni o útil ao agradável, mudando de armas e bagagens o meu escritório para casa.
Parecia tudo perfeito, dava apoio ao meu filho mais novo, tinha tempo para o mais velho quando chegasse da creche, realizava tarefas no meu espaço de Turismo Rural e, ao mesmo tempo, tratava dos meus projectos de arquitectura.
Em teoria era perfeito. O que senti na prática, foi que não tenho tempo para fazer tudo e tenho dificuldade para compartimentalizar as diferentes tarefas a realizar. Dou por mim a fazer tudo pela casa e a deixar o trabalho para segundo plano. Fico extremamente cansada e desiludida, quando ao fim da tarde, os meus objectivos de trabalho não foram atingidos. Trabalhar em casa tem tem coisas boas e más, pois aquela faceta das mulheres, de quer ser super em tudo, complica muito no trabalho a partir de casa. De manhã acordamos e preparamos os nossos filhos para sairem, vestimo-nos e tomamos o pequeno almoço. Entretanto olhamos para a loiça que ficou por arrumar e pensamos na roupa que tem de ser lavada.
Tratamos da "lida doméstica" e só depois nos concentramos no trabalho propriamente dito. Quando estamos completamente embrenhadas nas nossas tarefas, o nosso filho chora a pedir atenção ou já são horas de fazer o almoço. Almoçamos e a loiça do almoço começa a olhar-nos de lado, como a dizer "vais deixar-nos aqui a criar moscas? Que grande porcaria." De repente, já está na hora da sesta, e pensamos vai ser o momento de grande produção. Começamos a trabalhar furiosamente e, de repente, as três horas de sesta (atenção dou-me por sortuda por ter três horas de sesta) acabaram e temos o lanche para preparar. O filho mais velho e o marido estão a chegar , acabando por isso qualquer veleidade de haver mais trabalho.
Banho, jantar e brincadeiras estão agora na ordem do dia.
Tipico dia na vida de uma mãe que trabalha em casa, cansativo e pouco produtivo.
Quando será que vamos aprender que é impossível fazermos tudo e sermos super.mães, super-esposas, enfim, super-tudo.
O que mais me chateia, é quando o marido chega a casa e pergunta: "Então o que fizeste hoje?", como que a dizer só fizeste isso?
Desabafos de uma mãe que gostava de ter um part-time fora de casa para dar o chamado grito do IPIRANGA.

terça-feira, abril 26




Teia acabada

Acabei a teia quando disse e agora ando a transformar os vários tecidos criados no produto final.
Entretanto já tenho teia nova para os dois teares e esta semana vamos enfiá-los.
Continuo sem tempo para lavar a lã de ovelha e de a transformar em novelos para o tear.
O tempo é uma coisa muito chata, nunca dá para nada

sexta-feira, abril 8

A teia vai terminar

É verdade hoje ou amanhã vou terminar a minha teia. Consegui fazer uma mala, um individual, seis almofadas para os quartos de hóspedes e um corredor de mesa em linho e algodão.
Mostrarei fotos quando tirar tudo do tear.
Já comecei a pensar na nova teia que vou fazer, ou em nylon ou toda só de uma cor, para variar.
Mesmo tendo as duas pestinhas doentes em casa, tenho conseguido fazer alguma coisa durante as sestas.